março 08, 2010

FLY

A pesca com mosca é considerada uma das mais antigas formas de pesca no mundo e também uma das mais artísticas. Sua origem se perde no tempo e existem controvérsias sobre a primeira menção sobre esse tipo de pesca. A mais freqüente dá credito ao escritor Claudius Aelianus, que no século II d.C. registrou em seu De Natura Animalium a Primeira referencia conhecida da arte da pesca com mosca artificial no Rio Astreus, entre Berea e Tessalônica, na Macedônia . Nesse livro Aelianus Descreve, Com Algum detalhe, o inseto, a mosca artificial, a vara, linha e a pesca de determinado peixe de pele pintada cuja alimentação consistia de pequenos insetos que esvoracavam sobre a água bem como a confecção de moscas para pega-los. Pela sua descrição. Ele certamente se referia à truta. Já o escritor inglês Willian Radcliffe no seu livro Fishing from Earliest Times publicado em Londres em 1921, atribui ao poeta romano Marcial a honra de ter escrito, duzentos anos antes de Aelianus, o seguinte: Quem já não viu o scarus subir, Enganado e morto por moscas fraudulentas



A Pesca com mosca tem como função imitar uma presa natural de um peixe fazendo com que ela pareça o mais natural possível ao cair na água para enganar os olhos do peixe.

Técnicas

Pesca com Mosca Seca: O método mais popular da pesca com mosca, imita insetos que pousam ou caem na superfície da água, como libélulas, gafanhotos, borboletas, formigas de asa, etc. Devem ser trabalhadas imitando o inseto no qual você esta usando. Geralmente deixadas rodar corredeira a baixo.

Pesca com Ninfa: Imitam de forma imatura insetos aquáticos e outras formas de alimentos aquáticos de peixes como camarõezinhos, vermes, sanguessugas, etc. Devem ser lançadas ao rio e deixadas descer correnteza a baixo de modo natural o mais próximo do fundo possível assim como um pequeno inseto sendo levado pela correnteza.

Pesca com Streamers: O Streamer basicamente imita um pequeno peixe, que pode ser trabalhado mais devagar com pequenos toques imitando uma presa ferida ou com alguma dificuldade, ou mais rápido como um pequeno peixe que ataqua os filhotes dos predadores.

O fly pode ainda não ser popular no Brasil, diferentemente da Europa e Estados
Unidos, mas tem centenas de adeptos e funciona bem para quase todas as espécies de peixes predadores, de águas doce e salgada.

Se na pesca com molinete ou carretilha é o conjunto isca + chumbada que leva a linha, nesta modalidade a isca é levada pela linha. Normalmente é praticado em lugares paradisíacos, de cenário exuberante. Como na Patagônia chilena e argentina, para onde rumam pescadores de truta do mundo inteiro nesse final de ano. Ou em grandes e pequenos rios brasileiros, de visual magnífico. São nesses ambientes de intenso romantismo que quem pesca tem o hábito de vestir-se de artesão, confeccionando a sua própria isca. À exemplo de um ilusionista, ele tem a chance de criar algo tão perfeito a ponto de enganar o peixe.
O interessante da pesca com moscas é a leveza do equipamento e a interação existente entre o pescador e a natureza. Ao observar ao seu redor, ele pode descobrir a isca da sua pescaria e, caso já não a tenha pronta, poderá fazê-la ali mesmo. Esta técnica é chamada de fly tying. A graça é imitar o que o peixe está comendo naquele dia ou momento – peixinho, ninfa, besouro, formiga, pupa, caranguejo, camarão – a ponto de enganar a espécie. Como a isca não tem cheiro, o pescador deve fazê-la nadar rápido ou lento, pular, subir, descer, brilhar, pulsar e uma infinidade de outros artifícios.

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